Vulnerabilidade Emocional
- Maria Eduarda Dreyer de Alencastro

- 10 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de set. de 2021
Quando você se depara com esse termo - vulnerabilidade emocional - o que te vem à mente?
É bastante comum associarmos a vulnerabilidade à algo negativo, frágil ou instável. Pois de fato, estar vulnerável significa estar suscetível a algum risco. Entretanto, quando falamos de vulnerabilidade emocional, é importante quebrarmos o mito de que isto é ruim!
Quem aí é fã da Brené Brown e já leu seus livros ou assistiu seu documentário na Netflix talvez tenha uma outra ideia sobre a vulnerabilidade, ou sobre como lidar com ela.
Mas afinal, o que é exatamente vulnerabilidade emocional?
Sabe quando sentimos algo que modifica nosso ânimo ou até mesmo nossa sensação física, tipo um arrepio dos pés à cabeça, ou um aperto no peito? Essas sensações são, normalmente, manifestações de uma resposta emocional. Ou seja, nosso cérebro está enviando sinais pro resto do nosso corpo que alguma atitude deve ser tomada.
Antes de seguirmos com a vulnerabilidade, saiba qual a função das emoções:
As emoções são nossa ponte de comunicação com o nosso ambiente. São mais rápidas que palavras e mais efetivas que apenas pensamentos para preparar nosso corpo para agir. Por isso, além de comunicar o que está se passando (ou o que está sendo interpretado), a emoção impulsiona o nosso comportamento, em outras palavras a emoção tem a função de MOTIVAR a ação.
Tá, mas você pode estar se perguntando, o que isso tem a ver com vulnerabilidade?
Bem, ao longo da nossa vida, vamos aprendendo a modular, acolher e reagir às nossas respostas emocionais, além de aprendermos a julgá-las. Vamos associando nossas experiências de sucesso ou fracasso às emoções que estavam presentes no momento em que agimos. É bem comum colocarmos a tristeza ou o medo, por exemplo, em uma "caixinha" de inadequação, per serem emoções presentes em momentos difíceis da vida, como quando recebemos a notícia da morte de alguém. E assim, vivenciar essas emoções passa a trazer um desconforto além da dor natural que elas causam, pois sim, sentir uma emoção intensa pode ser um tanto incômodo.
E você sabe o que fazemos quando algo nos gera incômodo? Automaticamente nos prontificamos para nos proteger, seja evitando ou lutando contra o que está doendo.
Nossa vulnerabilidade emocional está ligada à esta suscetibilidade para vivenciar emoções que nos causam dor, que têm alguma relevância na nossa história de vida e que de alguma forma nos parecem arriscadas de serem sentidas. Entretanto, as emoções, sendo agradáveis ou não, não deixam de ter sua importância ou função. Por isso há, em nossa vulnerabilidade emocional, uma riqueza de informação, ligada às interpretações e fatos do que está acontecendo conosco.
Não é fácil romper o ciclo automático de evitar certas emoções. Sabe aquela engasgada e inspirada profunda para segurar o choro, ou aquele sorriso amarelo para esconder um descontentamento? Mas e se você pudesse ter toda a segurança para apenas deixar vir e reconhecer o que está sentindo? Será que este choro calado não tem importância?
Fazer isso requer coragem e abertura, ouso dizer que é um ato de bravura. Pois olhar para o que nos assusta nos possibilita libertar o passado, respeitar o presente e construir um futuro com outros passos.





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